Negociar um contrato ou tentar fazer um acordo num litígio, exige que tenhamos em mente não somente aspectos racionais (dos quais falei no post anterior), mas também as emoções que podem estar envolvidas, sendo necessário desenvolver e estudar alguns aspectos, os quais considero essenciais:

1. Empatia: Desenvolva empatia para compreender as necessidades e preocupações das outras partes. Isso pode criar um ambiente mais colaborativo e facilitar a construção de relacionamentos.

2. Controle Emocional: Mantenha o controle emocional durante a negociação. Situações emocionais intensas podem prejudicar a tomada de decisões racionais. Seja consciente de suas emoções e saiba quando dar um passo para trás para avaliar a situação de forma mais objetiva.

3. Construção de Relacionamentos: Reconheça a importância de construir e manter relacionamentos positivos. Uma boa relação pode facilitar negociações futuras e contribuir para soluções mais colaborativas.

4. Adaptação e Flexibilidade: Esteja disposto a adaptar suas propostas e posições à medida que a negociação progride. Ser flexível pode criar um ambiente mais propício para encontrar soluções mutuamente benéficas.

5. Compreensão Cultural: Se a negociação envolver partes de diferentes culturas, esteja ciente das diferenças culturais e adapte sua abordagem para garantir uma comunicação eficaz e respeitosa.

Ao integrar esses aspectos racionais e emocionais, é possível aumentar a probabilidade de uma negociação bem-sucedida, onde todas as partes se sintam satisfeitas com os resultados alcançados.

Depois de 23 anos de carreira jurídica, incluindo minha experiencia como Conciliadora e Juíza Leiga perante o Juizado Especial Cível, percebi que os advogados bem preparados obtém melhores resultados em negociações judiciais ao integrar aspectos racionais aos emocionais, enaltecendo que o poder decisório está nas mãos das pessoas e não do juiz ou tribunal.